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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vitamina C:mais do que antioxidante um potencial agente anti-rugas

           O ácido ascórbico, mais comumente conhecido como vitamina C, é uma das principais vitaminas relacionadas à manutenção das funções fisiológicas vitais do organismo. Hidrossolúvel e termolábil o ácido ascórbico pode ser encontrado na natureza sob duas formas alternáveis por meio de uma reação reversível, a forma oxidada conhecida como ácido deidroascórbico é pouco solúvel em água sendo obtida de sua forma reduzida por meio da captação de hidrogênios iônicos na respiração celular. De maneira geral deriva daí parte da ação antioxidante da vitamina C. 




       O ácido ascórbico não é sintetizado pelo organismo humano devido à ausência da enzima gulonolactona oxidase capaz de realizar esta síntese a partir da glicose. De fundamental importância para a manutenção da integridade do endotélio e coesão da camada dérmica dentre várias outras funções. A vitamina C já foi utilizada como forma de retardar efeitos da velhice e prevenir o câncer.



    O AA atua em vias bioquímicas de síntese de colágeno como cofator das enzimas lisil e prolil hidroxilases, responsáveis pela hidroxilação das partes de prolil e lisil nos polipetídeos precursores do colágeno. Com isso a molécula passa a assumir a conformação triplo helicoidal podendo ser lançada à matriz extracelular como procolágeno e posteriormente transformada em tropocolágeno cuja interassociação dará origem às fibras colágenas. A ação do AA consiste em impedir a oxidação do ferro componente das enzimas prevenindo assim a sua auto-inativação..
                A grande importância da vitamina C para a integridade da derme provém do fato de esta ser capaz de estimular a produção de colágeno e a proliferação de fibroblastos mesmo em indivíduos senis, nos quais essas funções são reduzidas. Essa relação destoa dos eventos celulares senis tradicionais, neste caso a disfunção observada não se dá devido à baixa atividade genética no estímulo à produção de colágeno, mas sim à falta de cofatores do processamento póstranslacional.
                Com isso observa-se a potencialidade do uso da vitamina C como fator de manutenção da coesão cutânea. Problemas relacionados à utilização tópica como a adaptação da forma de absorção pelo tecido conjuntivo à condições de pH e solubilidade são enfrentados. Apesar disso, formas de aplicação percutânea revelaram respostas positivas no claremaneto cutâneo, sobretudo devido a funções da vitamina C relacionadas ao metabolismo do tecido conjuntivo, inibindo assim a melanogênese por meio da ação de um dos seus produtos sobre a tirosinase.
                Enfim, as ações da vitamina C vão além da simples contenção da atividade oxidativa de radicais livres. Possui função altamente eficiente na redução dos efeitos do envelhecimento epidérmico, característica dita ‘idade-dependente’ e uma das principais que compõem o chamado fenótipo senil.


            Postado por: Laio Victor
Referências Bibliograficas: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962003000300002&script=sci_arttext                                                                                                                                                         

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